30 de abr. de 2015

Papa deseja que a Igreja se "ajoelhe" diante dos pobres


A Igreja de Roma sempre mais “mãe atenta e cuidadosa para com os mais fracos”. É o desejo expresso pelo Papa Francisco na vídeo mensagem enviada à Caritas romana, por ocasião do espetáculo “Se não fosse por ti”, a ser apresentado na noite desta terça-feira no Teatro Brancaccio. Os atores são pessoas assistidas pelas estruturas da Caritas e os valores levantados com espetáculos serão destinados aos projetos de solidariedade da organização.


As situações de pobreza presentes no palco não são ficção. De fato, os atores, são pessoas sem-teto, como o imigrante que conta a sua história e com ele a mulher que come no refeitório público, onde lhe oferecem um prato, caso contrário estaria em jejum. O texto é recitado, mas escrito baseado em dramas reais destes atores somente por um dia, que querem contas às pessoas comum que também entre os muros da miséria mais obscura pode sempre aparecer uma porta para o resgate:“Quem nunca pensou que se pode aprender de um sem-teto? Quem pensa que pode ser um santo? Nesta noite, pelo contrário, serão vocês a fazer do palco um lugar onde se transmite preciosos ensinamentos sobre o amor, sobre a necessidade do outro, sobre a solidariedade, sobre como, nas dificuldades, se encontra o amor do Pai”.

Vocês não são um peso
O Papa Francisco não está, mas se entende que gostaria de estar ali, sentado em meio ao público do Teatro Brancaccio, para viver uma experiência que tem poucas comparações. Sonhos e sentimentos que se tornam teatro sem perder o senso do realismo, basta olhar os sinais no olhar de quem recita, pessoa que sempre ocupam os primeiros lugares na plateia do coração do Papa:

“Vocês, para nós, não são um peso. São a riqueza sem a qual as nossas tentativas de descobrir a face do Senhor são vãs. Poucos dias após a minha eleição, recebi de vocês uma carta de felicitações e de oferta de oração. Recordo de ter imediatamente respondido a vocês, dizendo que levo vocês no coração e que estou a vossa disposição. Confirmo estas palavras. Naquela ocasião havia pedido a vocês para rezarem por mim. Renovo este pedido. Tenho realmente necessidade disto”.

Igreja de Roma, mestra de “pietas”
A vídeo mensagem do Papa Francisco é um elenco de romanos com a alma de Bom Samaritano – do mártir Lorenzo aos Padre Luigi Di Liegro, fundador da Caritas romana – e portanto um longo agradecimento aos agentes e aos voluntários da Caritas, de Roma e da Itália, que com o seu far-se próximos, descobrem “um mundo que pede atenção e solidariedade: homens e mulheres que buscam afeto, relação, dignidade, e junto aos quais – destaca o Papa – todos possamos experimentar a caridade aprendendo a acolher, escutar e doar-se”:

“Como eu gostaria que Roma pudesse brilhar de “pietas” pelos sofredores, de acolhida para quem foge da guerra e da morte, de disponibilidade, de sorriso e de magnanimidade por quem perdeu a esperança. Como gostaria que a Igreja de Roma se manifestasse sempre mais como mãe atenta e cuidadosa para com os mais fracos. Todos temos fraquezas, todos nós as temos, cada um as suas. Como gostaria que as comunidades paroquiais em oração, no ingresso de um pobre na igreja, se ajoelhassem em veneração do mesmo modo como quando entra o Senhor!”.


Fonte: news.va
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SEMINARISTAS FAZEM RETIRO NA COMUNIDADE TRINDADE EM SALVADOR

Os seminaristas da teologia da Diocese (Benedito Sirqueira, Cícero Diego, Karlos Lory e Mirrail Menezes) e o seminarista estagiário Jodean Amâncio (Paróquia de Curaçá) participaram no último final de semana - 24 a 26 de abril - de retiro na Comunidade da Trindade em Salvador.


A comunidade trabalha na acolhida a moradores de rua que desejam sair da condição de rua e de vícios como o alcoolismo. O retiro foi pregado pelo Irmão Henrique da Trindade, monge peregrino nascido na França e que por anos vive e trabalha no Brasil na acolhida ao povo de rua.
Uma experiência forte, mas de grande aprendizado. Oração, convivência, simplicidade, silêncio... mas sobretudo o testemunho de uma comunidade que vive o amor fraterno apesar de tantas dificuldades na história de cada um, foram lições que todos puderam levar para sua vida e missão.


Texto e fotos: Mirrail Menezes (seminarista, jornalista e membro da Pascom)





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Santa Sé envia 100 mil dólares para o Nepal




A ajuda concreta do Papa aos desabrigados e desalojados pelo terremoto de magnitude 7,9 que assolou o Nepal no último sábado (25/04) e atingiu 8 milhões de pessoas, vai chegar ao país dos Himalaias por meio do Pontifício Conselho Cor Unum, diretamente à Igreja local: serão 100 mil de dólares para o socorro aos atingidos.

“A doação é uma primeira e imediata expressão concreta dos sentimentos espirituais de proximidade e encorajamento paterno do Papa às pessoas e aos territórios atingidos”, diz uma nota do Cor Unum. Conferências episcopais e organismos de caridade católicos já estão trabalhando intensamente nas obras de primeiros-socorros. 

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27 de abr. de 2015

GRUPOS DE JOVENS REÚNEM-SE PARA VIGÍLIA JOVEM NA CATEDRAL-SANTUÁRIO




A noite do sábado (25) para o domingo (26) foi especial na Catedral-Santuário Nossa Senhora das Grotas. Jovens de vários grupos e movimentos da cidade celebraram a sua fé e unidade adorando Jesus Eucaristia no 1º Adorar-Te. A vigília começou com a Celebração Eucarística, depois ocorreram momentos de louvor e a oração do Santo Terço. No encerramento houve adoração e bênção do Santíssimo Sacramento. Os padres Josemar Mota e Isael Brito acompanharam os jovens durante a vigília.

Confira algumas fotos abaixo e muito mais em nossa fanpage.








Fotos: Lucas Duarte e Luiza Bispo
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20 de abr. de 2015

Papa Francisco: seguir o exemplo dos mártires porque a fé não é poder





















Segunda-feira, 20 de abril: na Missa em Santa Marta o Papa Francisco afirmou que o testemunho dos mártires ajuda-nos a não cair na tentação de transformar a fé em poder.

Comentando o Evangelho do dia, no qual a multidão circunda Jesus após a multiplicação dos pães e dos peixes, não tanto “por admiração religiosa que te leva a adorar Deus ”mas“ por interesse material”, o Papa Francisco observou que na fé há o risco de não se compreender a verdadeira missão do Senhor: isto acontece quando se aproveita de Jesus, deslizando para o poder.

O Santo Padre recordou que mesmo entre os que seguiam Jesus e entre os apóstolos, como os filhos de Zebedeu, havia quem quisesse ter poder. E assim, para esses, a unção de levar o alegre anúncio, como que se transforma em algo escuro, algo ligado ao poder.

O Papa Francisco afirmou que sempre existiu e existe para todos nós esta tentação do poder, a tentação de passar da admiração e do assombro religioso para a hipocrisia e o poder mundano. E o Senhor alerta-nos para esta tentação dando-nos o testemunho dos santos e dos mártires – sublinhou o Santo Padre:

“O Senhor desperta-nos com o testemunho dos santos, com o testemunho dos mártires, que todos os dias nos anunciam que a missão é caminhar no caminho de Jesus: anunciar o ano da graça.”

O Papa concluiu a homilia pedindo a Deus que nos ajude a não cair no espírito da mundanidade e a acolhermos a graça do encontro com o Senhor. 

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Um momento de graças e bênçãos: Multidão lota casa de eventos para adorar Jesus Sacramentado em Juazeiro - Bahia.



Quase 6 mil pessoas lotaram na noite deste Sábado (18), a casa de eventos Via Show em Juazeiro, Norte da Bahia para a celebração de 4 anos da hora da graça, que foi tomada por uma multidão de fiéis.

Caravanas de cidades da Diocese como: Remanso, Sento-Sé, Casa Nova, Campo Alegre de Lourdes, Pilão Arcado, Sobradinho, Uauá, Curaçá, além de Salvador e Petrolina, demostraram que a fé pode ser renovada na palavra e na eucaristia.

De acordo com o Pe. Josemar Mota (Vigário Geral Diocesano e Coordenador da Hora da Graça), a manifestação de fé ocorrida na celebração dos 4 anos, representou a sede do povo de Deus que não vive sem fé, que faz agir na missão da igreja: “as pessoas estão sedentas da palavra de Deus e espero que Deus possa ter operado maravilhas. Que esse momento nos torne mais humanos e como já dizia Dom Tomás, Bispo Emérito da Diocese, Juazeiro é uma cidade eucarística”, ressaltou.

Dirlene Lima, que participou das celebrações da hora da graça desde o início, se emocionou. Para ela, que já alcançou graças na vida, o momento é de alegria em Jesus Cristo. “é um momento de despertar para Cristo em Juazeiro, do desejo de amar a Deus e evangelizar com mais força, é hora da igreja levantar para a missão”, afirmou.

Segundo a coordenação da hora da graça devido ao número de pessoas, no ano que vem a missa poderá ser celebrada em um espaço maior, possivelmente no Estádio Adauto Moraes.

Ricardo Sousa – Texto
Geania Rocha e Marcelo Vitor  Fotos
Pascom  Diocese de Juazeiro Bahia














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12 de abr. de 2015

PAPA FRANCISCO: AS CHAGAS DE JESUS SÃO CHAGAS DE MISERICÓRDIA!



“As chagas de Jesus são chagas de misericórdia”. O Papa Francisco dedicou a  homilia da Missa deste II Domingo de Páscoa à misericórdia divina, cuja festa celebrada hoje foi instituída por João Paulo II.  Durante a celebração, que também recordou o centenário do martírio armênio, Gregório de Narek foi proclamado Doutor da Igreja.

Após a ressurreição, Jesus apareceu aos seus discípulos mostrando as suas chagas, para que acreditassem não tratar-se de uma visão. “Hoje – disse o Papa – o Senhor mostra também a nós, através do Evangelho, as suas chagas. São chagas de misericórdia. É verdade! As chagas de Jesus são chagas de misericórdia”. E “Jesus convida-nos a contemplar estas chagas, convida-nos a tocá-las – como fez com Tomé – a fim de curar a nossa incredulidade. Convida-nos sobretudo a entrar no mistério destas chagas, que é o mistério do seu amor misericordioso”:

“Através delas, como por uma brecha luminosa, podemos ver todo o mistério de Cristo e de Deus: a sua Paixão, a sua vida terrena – cheia de compaixão pelos pequeninos e os doentes – a sua encarnação no ventre de Maria. E podemos remontar a toda a história da salvação: as profecias – especialmente as do Servo de Yahweh –, os Salmos, a Lei e a aliança, até à libertação do Egito, à primeira Páscoa e ao sangue dos cordeiros imolados; e remontar ainda aos Patriarcas até Abraão e, mais além na noite dos tempos, até a Abel e ao seu sangue que clama da terra. Tudo isto podemos”.
O Papa observou, que ficamos esmagados diante dos acontecimentos trágicos da história humana, e perguntamo-nos: “Porquê?”:

“A maldade humana pode abrir no mundo como que fossos, grandes vazios: vazios de amor, vazios de bondade, vazios de vida. E surge-nos então a pergunta: Como podemos preencher estes fossos? A nós, é impossível; só Deus pode preencher estes vazios que o mal abre nos nossos corações e na nossa história. É Jesus, feito homem e morto na cruz, que preenche o abismo do pecado com o abismo da sua misericórdia”.

“Jesus Crucificado e Ressuscitado, e de modo particular “as suas chagas cheias de misericórdia” – afirmou o Papa – são “o caminho que Deus nos abriu para sairmos da escravidão do mal e da morte e entrarmos na terra da vida e da paz”.

“Os Santos – prosseguiu Francisco -  ensinam-nos que se muda o mundo a partir da conversão do próprio coração”:

“E isto acontece graças à misericórdia de Deus. Por isso, quer perante os meus pecados, quer diante das grandes tragédias do mundo, «a consciência sentir-se-á turvada, mas não será abalada, porque me lembrarei das feridas do Senhor”.

Com o olhar voltado para as chagas de Jesus Ressuscitado e com as expressões “O seu amor dura para sempre” e “a sua misericórdia é eterna” gravadas no nosso coração, o Papa Francisco convidou para que que caminhemos pelas estradas da história, “com a mão na mão de nosso Senhor e Salvador, nossa vida e nossa esperança”.

Clique aqui para ler a homilia na íntegra e a mensagem aos armênios.

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9 de abr. de 2015

PAPA FRANCISCO: AS CRIANÇAS NUNCA SÃO UM ERRO.







A Praça S. Pedro ficou lotada de fiéis para a Audiência Geral desta quarta-feira (08/04). Antes de pronunciar sua catequese, Francisco cumprimentou a multidão a bordo do seu papamóvel, recebendo e retribuindo o carinho dos peregrinos.

Já diante da Basílica Vaticana, o Papa tomou a palavra para retomar o ciclo de catequeses sobre a família, depois da pausa da Semana Santa.

Mais uma vez, o Pontífice falou da infância, mas no contexto de uma triste realidade: a de tantas crianças que são rejeitadas, abandonadas, que veem roubadas a sua infância e o seu futuro.

“Às vezes, há quem diga que pode ter sido um erro trazer uma criança ao mundo. Trata-se de uma afirmação vergonhosa! As crianças nunca são ‘um erro’. Não joguemos sobre elas as nossas culpas. Que devemos fazer com as declarações dos direitos do homem e da infância, se depois punimos as crianças com os erros dos adultos?”

O Papa prosseguiu ressaltando que todos os adultos são responsáveis pelas crianças e cada um deve fazer o que pode para mudar a situação de quem vive marginalizado, sem educação e saúde.

Para Francisco, toda criança abandonada é um clamor que sobe a Deus e que acusa o sistema que construímos. “E, infelizmente, essas crianças são presas de delinquentes, que as exploram para tráficos e comércios indignos ou adestrando-as para a guerra e a violência.”

Todavia, advertiu o Pontífice, também nos países ricos muitas crianças vivem dramas que as marcam, como a crise da família, vazios educativos e condições de vida desumanas.  Muitas vezes, destacou, os filhos pagam o preço de uniões imaturas e de separações irresponsáveis; sofrem o êxito da cultura dos direitos subjetivos exasperados.

“Nenhuma criança é esquecida pelo Pai que está nos céus”, disse o Papa, recordando que Jesus sempre demonstrou um carinho especial por elas: as chamava para si e as abençoava.

Assim, a Igreja tem a obrigação de estar ao serviço das crianças e de acompanhar as suas famílias, sobretudo aquelas cujos filhos têm graves dificuldades.

“Com as crianças não se brinca!”, disse Francisco, convidando a pensar o que seria uma sociedade que decidisse uma vez por todas estabelecer o seguinte princípio: “É verdade que somos imperfeitos e cometemos muitos erros. Mas quando se trata de crianças que veem ao mundo, qualquer sacrifício dos adultos não será julgado exagerado se isso fizer com que nenhuma criança se sinta um erro ou sem valor”.

Após a catequese, o Papa saudou os diversos grupos presentes na Praça. Pessoalmente, cumprimentou o fundador da Casa do Menor, Pe. Renato Chiera, acompanhado de alguns auxiliares. 

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