28 de set. de 2015

Papa Francisco aos jornalistas: “Papa não é celebridade, é Servo dos servos de Deus”.


Na tradicional conversa a bordo com os jornalistas realizada ao final das viagens, o Papa disse que não é uma “estrela” mas que o Pontífice é o “Servo dos servos de Deus”. Francisco ainda declarou-se surpreendido pela “calorosa” acolhida recebida nos Estados Unidos. Falou ainda que o maior desafio para a Igreja nos EUA é estar próxima das pessoas e que “foi duro” com os bispos acerca dos abusos sexuais.




Santo Padre, nos Estados Unidos, o senhor virou uma “star”. É bom para a Igreja que o Papa seja uma celebridade?

“O Papa deve… Sabes qual era o título que os Papas usavam e que se deve usar? Servo dos servos de Deus. É um pouco diferente de uma celebridade. As estrelas são bonitas de se ver, eu gosto de vê-las quando o céu está limpo no verão... Mas o Papa deve ser – deve ser! – o Servo dos servos de Deus. Sim, na imprensa se usa isso, mas há uma outra verdade: quantas estrelas vimos que depois se apagam e caem. É uma coisa passageira. Ao invés, ser ‘Servo dos servos de Deus’, isso é bonito! Não passa! Não sei… Assim, penso eu”


“Divórcio católico”

Sobre o seu recente Motu Proprio que facilitou o processo de nulidade matrimonial, o Papa reiterou que o “divórcio católico” não existe. “Ou não foi matrimônio – e esta é a nulidade, não existiu – e se existiu é indissolúvel. Isto é claro”.


China

Ao recordar que já se havia manifestado sobre seu desejo de ver estabelecidas relações diplomáticas entre Santa Sé e China, o Papa disse que “existem contatos e diálogo”. “Para mim, ter um país amigo como a China, que tem tanta cultura e tanta possibilidade de fazer bem, seria uma alegria”.


Colômbia

Sobre o acordo de paz na Colômbia, o Papa disse sentir-se parte não por ter uma atuação direta e sim porque “sempre desejou isso”. “Falei duas vezes com o presidente Juan Manuel Santos sobre o problema, e a Santa Sé – não somente eu – a Santa Sé está aberta a ajudar como puder”.


Objeção de consciência

No contexto de uma resposta sobre “funcionários do governo” que se rejeitam realizar o trabalho segundo a lei, o Papa disse que a objeção de consciência é um direito humano. “Se a uma pessoa não é permitido exercer a objeção de consciência, essa é a negação de um direito”.


“Sucesso” da viagem

Ao ser questionado se se “sentia mais forte” após o sucesso da viagem, Francisco afirmou que deve continuar no caminho do serviço porque sente que ainda não faz tudo o que deve fazer. “Este é o sentido que eu tenho de poder”, respondeu. “Não sei se tive sucesso ou não. Mas tenho medo de mim mesmo, porque se eu tenho medo de mim mesmo, me sinto sempre – não sei – frágil, no sentido de não ter poder, o poder é também uma coisa passageira: hoje existe, amanhã não... Jesus definiu o poder: o verdadeiro poder é servir”.


“Mulheres” sacerdotisas

Questionado sobre se, um dia, a Igreja católica terá mulheres sacerdotisas, o Papa afirmou que “isso não se pode fazer”. Contudo, admitiu: “Estamos um pouco atrasados no desenvolvimento de uma teologia da mulher. Devemos seguir adiante com essa teologia. Isso sim, é verdadeiro”.

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"Deus abençoe a América!": Francisco despede-se dos EUA




Às 19h, hora local, o Papa Francisco deixou o Aeroporto de Filadélfia com destino a Roma, a bordo Boing 777 da America Airlines, concluindo a sua 10ª viagem apostólica internacional. No Aeroporto, o Pontífice foi recebido pelo Vice-Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden e família, e ovacionado por cerca de 500 pessoas.



Assista à íntegra do discurso de despedida

Em seu discurso de despedida, dirigido às autoridades, bispos e amigos, Francisco diz que parte “com o coração cheio de gratidão e de esperança”. O Papa agradeceu a todos que “trabalharam ardorosamente para tornar possível e preparar o Encontro Mundial das Famílias”, em particular o Arcebispo Chaput e à Arquidiocese de Filadélfia.

O Papa agradeceu também às famílias que partilharam seus testemunhos durante o Encontro, dizendo “não ser fácil falar abertamente do próprio percurso na vida:

“Porém a sua sinceridade e humildade diante de Deus e de nós mostraram a beleza da vida familiar e toda a sua riqueza e variedade. Rezo para que estes dias de oração e reflexão sobre a importância da família para uma sociedade sadia possam encorajar as famílias a continuar a lutar pela santidade e a ver a Igreja como uma companheira fiel em toda e qualquer prova que tenham de enfrentar”.

O Santo Padre também agradeceu às Arquidioceses de Washington e Nova Iorque, afirmando ter sido “particularmente comovente a canonização de São Junípero Serra, que nos lembra a todos nós a chamada para ser discípulos missionários, bem como parar pessoalmente, junto com irmãos de outras religiões, no Ground Zero, local que recorda de forma eloquente o mistério do mal; mas sabemos com toda a certeza que o mal não terá jamais a última palavra e que, no plano misericordioso de Deus, triunfarão sobre tudo o amor e a paz”.

O Papa pediu ao Vice-Presidente para agradecer ao Presidente Obama e aos membros do Congresso, garantindo suas orações pelo povo americano, “uma terra que foi abençoada com enormes dons e oportunidades. Rezo para que sejais bons e generosos guardiões dos recursos humanos e materiais que vos foram confiados”.

Os momentos de oração em conjunto nas diversas cidades foram destacados, pois revela “a fé da Igreja bem radicada neste país”:

“As atenções que tivestes para comigo e a vossa recepção são sinal do vosso amor e fidelidade a Jesus. E é-o também a solicitude pelos pobres, os doentes e os sem-abrigo, os imigrantes, a vossa defesa da vida em todas as suas fases, bem como a preocupação com a vida familiar. Em tudo isto, reconheceis que Jesus está no meio de vós e que, cuidar um do outro, é solicitude pelo próprio Jesus”.

O Papa exortou a todos, especialmente os voluntários e benfeitores envolvidos no Encontro Mundial das Famílias, que não deixem apagar “o entusiasmo por Jesus, pela sua Igreja, pelas nossas famílias e a família maior da sociedade. Possam estes dias, passados juntos, dar frutos que permaneçam, e a generosidade e solicitude pelos outros possa continuar. Assim como recebemos muito de Deus – dons oferecidos a nós gratuitamente e não merecidos pelas nossas forças –, assim, em troca, procuremos também dar gratuitamente aos outros”.

“Rezarei por vós e vossas famílias, e peço-vos, por favor, para rezardes por mim. Deus vos abençoe a todos. Deus abençoe a América”, concluiu Francisco.

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11 de set. de 2015

HISTÓRIA DE NOSSA SENHORA DAS GROTAS


Carro Andor 2015 - Réplica do Altar - mor

Na última terça-feira (08) nossa Diocese celebrou a festa de sua padroeira, Nossa Senhora das Grotas. Por isso, ainda sentindo a alegria de tão grande celebração, o programa ‪#‎VivendoaPalavra‬ de hoje fala sobre a festa e a devoção à nossa padroeira. Na apresentação do programa de hoje, temos o Pe Josemar Mota, reitor da Catedral - Santuário Nossa Senhora das Grotas.


Veja no Youtube e inscreva-se em nosso canal: http://www.youtube.com/watch?v=YWLCySWW18o
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9 de set. de 2015

120 mil pessoas se reune na Procissão de Nossa Senhora das Grotas



Renovação da fé, da esperança e do amor. Foi assim que os fiéis se sentiram no encerramento dos festejos da Padroeira de Juazeiro Nossa Senhora das Grotas.

A procissão realizada nesta terça, (08) reuniu 120 mil pessoas que tomaram a Avenida Adolfo Viana seguindo o carro andor, esse ano ornamentado em forma de réplica do altar-mor, em direção a Catedral - Santuário.

Motivados pelo tema “Eu vim para servir” o novenário contou com a presença do Bispo Diocesano, Dom José Geraldo da Cruz e os bispos Dom Manoel Reis, Bispo Diocesano de Petrolina; e Dom Frei Paulo Cardoso, Bispo Emérito de Petrolina, além do novo Arcebispo Metropolitano, de Feira de Santana-BA, Dom Zanoni Demettino Castro, que presidiu a celebração do dia (07), segunda.

Vale destacar que a festa pode contar com uma novidade promovida pela PASCOM – Pastoral da Comunicação: a transmissão do novenário pelo canal da Diocese no Youtube, o que permitiu às pessoas que não puderam comparecer à Catedral Santuário, assistir ao vivo às celebrações. A novidade agradou aos devotos, visto que a festa de Nossa Senhora das Grotas já é uma bela tradição de fé e religiosidade do povo da região do São Francisco que clama “à mãe dos flagelados e oprimidos a sua santa proteção”.

A manifestação de fé agregou diversas comunidades católicas da cidade, que caminharam juntas desde o bairro Lomanto Junior, da comunidade Santa Luzia.


















A titulação de “Nossa Senhoras das Grotas”, foi dada à Maria, que é a mãe de Deus, para os católicos, quando uma imagem dela foi achada, por indígenas, numa gruta nas imediações de onde é hoje a cidade Juazeiro, tornando-a, assim, a padroeira católica para esta cidade.

A procissão foi a culminância das festividades à santa-padroeira, que começou no dia 30 de agosto e se estendeu até este dia 08 de setembro, onde uma multidão lotou a praça da catedral e participaram da benção do Santíssimo Sacramento.


Ricardo Souza
PASCOM - Pastoral da Comunicação
Catedral - Santuário Nossa Senhora das Grotas
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7 de set. de 2015

“Que País é este que mata a gente que a mídia mente e nós consome?”



A manhã do 7 de setembro foi para alguns católicos da Diocese de Juazeiro um momento de manifestações.  A 21ª edição do Grito dos excluídos, levou fiéis as ruas pedindo mais justiça e igualdade para todos, tendo como tema: “A vida em primeiro lugar” refletindo o lema “Que país é esse, que mata gente, que a mídia mente e nos consome.

Segundo o Pe. José Carlos, Vigário da Paróquia Nossa Senhora Aparecida - João Paulo II, o grito dos excluídos é uma iniciativa da CNBB (Conferência Nacional de Bispos no Brasil) que a cada procura trabalhar os problemas mais evidentes na sociedade. E os grandes índices nacionais de violência foi o que levou ao tema deste ano. Em Juazeiro não é diferente, “só este ano, nos primeiros nove meses já foram assassinada uma média de 80 pessoas, o que é inadmissível para uma cidade com pouco mais de 200 mil pessoas” afirma o Padre.  Para ele é preciso que se grite em favor da justiça, da paz e da misericórdia, para alcançar uma sociedade mais pacifica e a igreja tem o papel de unir as pessoas nesta luta tendo como base a palavra de Deus.

A concentração aconteceu na Orla Dois da cidade onde os participantes fizeram orações pedindo paz para sociedades e fizeram a apresentação das faixas a serem carregadas. Dentre os participantes representantes do clero, Pastoral da Terra, Movimento sem Terra, Pastoral da Juventude no Meio Popular e Pastoral Universitária.

Para Tácio Nunes, coordenador da Pastoral universitária o grito dos excluídos é uma oportunidade de ter voz tratar temáticas importantes como a abordada nesta edição. “E enquanto Pastoral Universitária, que trabalha em um meio difícil de vivenciar a fé em Deus, a gente percebe a importância de ter voz para tratar esse tema, conscientizar e principalmente testemunhar para outros jovens, que nos assiste passar, a importância de valorizar a vida” diz Tácio.

O jovem conta que durante os encontros do grupo foi trabalhada a luta contra o extermínio de jovens que é crescente no país e na região, e enfatiza a importância de tratar esse tema:  “nós precisamos participar e mostrar que nos jovens estamos incomodados com essa realidade, que as autoridades, e a sociedade precisa se mobilizar contra essas problemáticas que a gente trabalha. E aproveitando esse momento que tem uma mobilização geral da sociedade, das autoridades que estão aqui, a gente precisa mostrar  que como cristãos, mais que evangelizar, precisamos transformar a realidade em estamos inseridos ”.

A manifestação acabou em frente à Praça Dedé Caxias, e de mãos dadas formando uma grande corrente, mais uma vez os participantes se uniram em oração clamando por paz. E em entrevista o Padre José Carlos deu a receita para alcança-la: “No antigo testamento se fala que a paz é fruto da justiça, sem justiça social para o nosso povo todas as mazelas tendem a aumentar”. 

Taiza Felisberto
Pastoral da Comunicação 
Diocese de Juazeiro Bahia.
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